quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Banco Central Europeu apela ao não aumento de impostos, mas Zapatero defende o contrário

Tomei conhecimento através do Jornal de Notícias, que o Banco Central Europeu está contra a subida de impostos, mas Zapatero, o primeiro-ministro espanhol, parece estar firme e decidido quanto a aumentá-los. Leia a notícia na sua íntegra.
"Zapatero assumiu estar a considerar a subida de impostos em Espanha - tal como o IVA ou os impostos especiais sobre o tabaco, o álcool ou a gasolina -, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) e a OCDE recomendam que se faça o contrário.
Durante quinze anos, a economia espanhola cresceu mais do que a média europeia muito à custa da construção civil. Agora, a crise económica no país é "terrível". O primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, admitiu, ontem, pela primeira vez, que Espanha poderá ter de subir o IVA e os impostos especiais para obter um aumento de receita fiscal de 15 milhões de euros. Sendo que cada ponto percentual de IVA representa 5 milhões de euros de receita e, actualmente, esta taxa se encontra numa média de 16%, tal poderá significar um aumento para 21% de IVA.
O secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), José Gurria, também disse, ontem, que Espanha terá de fazer um esforço extra para sair da crise e estimou que nenhum país pode recuperar da crise "só com mais impostos".
No seu Boletim Mensal, divulgado ontem, o BCE revelou esperar que os governos da Zona Euro "assegurem um regresso célere" às políticas de consolidação orçamental, melhorando as contas pública sem recorrer a aumentos de impostos e contribuições sociais. Porém, também admitiu que projecta um aumento maior que o esperado dos impostos indirectos e dos preços administrados devido à necessidade de consolidação orçamental, após os desequilíbrios das contas públicas provocados pelos sucessivos pacotes de estímulo aplicados nas respectivas economias.
O reequilíbrio das contas públicas deve começar "antes da recuperação económica", segundo o BCE, de forma a conseguir-se um "ajustamento anual de, pelo menos, 1% do PIB (o Pacto de Estabilidade e Crescimento prevê um valor de 0,5%)", o que deverá ser alcançado "através da redução da despesa e não do aumento dos impostos", uma vez que, na maioria dos países da Zona Euro, os impostos e as contribuições sociais "já são elevados".
Em relação ao desemprego - um dos problemas mais graves em Espanha -, o BCE revelou esperar uma deterioração do mercado de trabalho "menos acentuada do que o esperado", em 2010, à medida que a procura externa se torna "mais forte que o projectado" com uma recuperação das exportações.
Todavia, o BCE permanece cauteloso com os recentes aumentos das matérias-primas e a intensificação das medidas proteccionistas."

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