Bento XVI discursava na República Checa perante milhares de pessoas, quando uma aranha decidiu passear pelas vestes papais. O Sumo Pontífice começou por nem dar por isso, mas o aracnídeo provocou grande agitação no recinto. O VÍDEO está a fazer sucesso no YouTube.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Aranha passeia pelas vestes do Papa e torna-se famosa no YouTube...
A minha mulher suspeita, porém...
Se por acaso, o nosso presidente anda a ser escutado, quanto muito e mais eu...
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
O Watergate português por Ricardo Araújo Pereira
A primeira grande diferença entre a complexa história de espionagem americana e a nossa soberba comédia talvez seja o facto de, nos Estados Unidos, as escutas existirem mesmo. Parecendo que não, numa história de escutas, isso faz alguma diferença. Em Portugal, até ver, as escutas são imaginárias, o que confere à história este carácter encantadoramente rocambolesco - e muito português: os americanos agem, colocam escutas, espiam mesmo; os portugueses imaginam que estão a ser escutados, fantasiam sobre espionagem, convidam os jornais a efabularem com eles. Nos Estados Unidos, o presidente mandou colocar escutas na sede dos seus adversários políticos e foi apanhado. Demitiu-se. Em Portugal, a fazer fé na imprensa, o presidente mandou publicar uma suspeita acerca de escutas colocadas na sua residência oficial e foi apanhado. Demitiu o assessor de imprensa. Faz sentido. Nos Estados Unidos era a sério. Cá, era a fingir. Não estava a valer.
Outra diferença importante: nos Estados Unidos, o Garganta Funda era o informador dos repórteres; em Portugal, a profundidade gutural é uma qualidade dos jornalistas, característica aliás fundamental para a capacidade de engolir uma história tão frágil como absurda. No Watergate americano, o fundamental era a informação que saía de uma garganta; em Portugal, é a informação que entra noutras. Nos Estados Unidos, a investigação jornalística foi publicada em livro e ganhou o prémio Pulitzer. Em Portugal, a investigação jornalística não chegou a existir e a única coisa publicada foi um triste e-mail, cheio de erros ortográficos, o que o torna francamente indigno de participar nesta comédia. Não há razão para que os espectáculos cómicos sejam menos bem escritos que os outros. E, quando se colabora com um elemento ligado à Presidência da República para publicar uma história amalucada, deve vigiar-se o português. Se o Presidente leva a sério a defesa da língua portuguesa e o prestígio da CPLP, deve pugnar para que as tentativas de conspiração que o envolvem sejam, ao menos, ortograficamente irrepreensíveis.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
50 anos depois
A vida pode não ser a festa que esperávamos, mas uma vez que estamos aqui, temos que comemorar!!! Aprecie…
Túnel na Rússia
Este túnel na Rússia é o mais longo dentro de uma cidade na Europa. Corre um rio sobre o túnel, que deixa escapar água em alguns pontos. Quando a temperatura alcança 38 graus negativos - como aconteceu neste Inverno em particular - a estrada congela e o resultado é este que você verá. O vídeo foi feito, durante um único dia, com a câmara do túnel. O motorista do autocarro é craque. Confira ...
Ser benfiquista
O humor despoletado por uma situação, no mínimo hilariante....A doença e o fanatismo clubístico até ao ponto que chega!...
António Barreto descreve o perfil do actual primeiro-ministro
Onde estão os políticos socialistas ?
Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado?Uns saneados, outros afastados.Uns reformaram-se da política, outros foram encostados.Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de profissão.Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro.Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que dependem do Governo.Manuel Alegre resiste, mas já não conta.Medeiros Ferreira ensina e escreve.Jaime Gama preside sem poderes.João Cravinho emigrou.Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe.António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão.Almeida Santos justifica tudo.Freitas do Amaral, "ofereceu-se, vendeu-se" e reformou-se !Alberto Martins apagou-se.Mário Soares ocupa-se da globalização.Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores.João Soares espera.Helena Roseta foi à sua vida independente.Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância.O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado.Os sindicalistas quase não existem.O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice.O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista.
Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar, apanhou a onda.
Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates.Não mais do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião, mobilizam a imprensa, distraem a oposição e ocupam o Parlamento.Mas nada de essencial está em causa.
Os disparates de Manuel Pinho fazem rir toda a gente.As tontarias e a prestidigitação estatística de Mário Lino são pura diversão.Não se pense que a irrelevância da maior parte dos ministros, que nada têm a dizer para além dos seus assuntos técnicos, perturba o primeiro-ministro.É assim que ele os quer, como se fossem directores-gerais.
Só o problema da Universidade Independente e dos seus diplomas o incomodou realmente.Mas tratava-se, politicamente, de uma questão menor.Percebeu que as suas fragilidades podiam ser expostas e que nem tudo estava sob controlo. Mas nada de semelhante se repetirá.
O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário, Crispado, Despótico, Irritado, Enervado, Detestando ser contrariado.Não admite perguntas que não estavam previstas ou antes combinadas.Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber.Tem os seus sermões preparados todos os dias.Só ele faz política, ajudado por uma máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de propaganda e de encenação.O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na teimosia descabelada de Mário Lino, na concentração das polícias sob seu mando e no processo que o Ministério da Educação abriu contra um funcionário que se exprimiu em privado.O estilo de Sócrates está vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já de medo e apreensão.A austeridade administrativa e orçamental ameaça a tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão pode ser onerosa.A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à informação.As empresas conhecem as iras do Governo e fazem as contas ao que têm de fazer para ter acesso aos fundos e às autorizações.Sem partido que o incomode, sem ministros politicamente competentes e sem oposição à altura, Sócrates trata de si.Rodeado de adjuntos dispostos a tudo e com a benevolência de alguns interesses económicos, Sócrates governa.Com uma maioria dócil, uma oposição desorientada e um rol de secretários de Estado zelosos, ocupa eficientemente, como nunca nas últimas décadas, a Administração Pública e os cargos dirigentes do Estado.Nomeia e saneia a bel-prazer.
Há quem diga que o vamos ter durante mais uns anos.É possível.Mas não é boa notícia. É sinal da impotência da oposição. De incompetência da sociedade. De fraqueza das organizações. E da falta de carinho dos portugueses pela liberdade.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Ou Sócrates ou Manuela Ferreira Leite a 27 de Setembro de 2009
Apuramento Mundial 2010
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Guru Josh Project - Infinity
Já em rota de fim-de-semana, não quero que lhe falte a boa música e a deslumbrante boa disposição...
O ensino pré-escolar coberto a 95% em fim de legislatura
Banco Central Europeu apela ao não aumento de impostos, mas Zapatero defende o contrário
Durante quinze anos, a economia espanhola cresceu mais do que a média europeia muito à custa da construção civil. Agora, a crise económica no país é "terrível". O primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, admitiu, ontem, pela primeira vez, que Espanha poderá ter de subir o IVA e os impostos especiais para obter um aumento de receita fiscal de 15 milhões de euros. Sendo que cada ponto percentual de IVA representa 5 milhões de euros de receita e, actualmente, esta taxa se encontra numa média de 16%, tal poderá significar um aumento para 21% de IVA.
O secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), José Gurria, também disse, ontem, que Espanha terá de fazer um esforço extra para sair da crise e estimou que nenhum país pode recuperar da crise "só com mais impostos".
No seu Boletim Mensal, divulgado ontem, o BCE revelou esperar que os governos da Zona Euro "assegurem um regresso célere" às políticas de consolidação orçamental, melhorando as contas pública sem recorrer a aumentos de impostos e contribuições sociais. Porém, também admitiu que projecta um aumento maior que o esperado dos impostos indirectos e dos preços administrados devido à necessidade de consolidação orçamental, após os desequilíbrios das contas públicas provocados pelos sucessivos pacotes de estímulo aplicados nas respectivas economias.
O reequilíbrio das contas públicas deve começar "antes da recuperação económica", segundo o BCE, de forma a conseguir-se um "ajustamento anual de, pelo menos, 1% do PIB (o Pacto de Estabilidade e Crescimento prevê um valor de 0,5%)", o que deverá ser alcançado "através da redução da despesa e não do aumento dos impostos", uma vez que, na maioria dos países da Zona Euro, os impostos e as contribuições sociais "já são elevados".
Em relação ao desemprego - um dos problemas mais graves em Espanha -, o BCE revelou esperar uma deterioração do mercado de trabalho "menos acentuada do que o esperado", em 2010, à medida que a procura externa se torna "mais forte que o projectado" com uma recuperação das exportações.
Todavia, o BCE permanece cauteloso com os recentes aumentos das matérias-primas e a intensificação das medidas proteccionistas."
Livraria Bertrand e o lançamento do novo livro de DAN BROWN
Não perca esta oportunidade!
Áurea Sampaio e o famoso Jornal Nacional de sexta-feira
"Não há volta a dar. O apagão no Jornal Nacional conduzido por Manuela Moura Guedes é um acto de censura e um tiro na democracia. E é um acto tão condenável que quem deu a ordem não tem, até ao momento em que escrevo, a coragem de dar a cara e de explicar frontalmente as razões que levaram a essa decisão.
É um acto de censura porque, objectivamente, se calou um espaço noticioso que apostou fundo na exploração de um caso em que está envolvido o nome do primeiro-ministro, razão pela qual se tornou incómodo para o poder e, logo, para todos os que de algum modo esperam sempre colher benefícios de um bom relacionamento com quem detém esse mesmo poder.
É um acto de censura, porque se actuou à revelia da Lei de Imprensa, que consagra a independência da informação em relação à gestão, nos órgãos de comunicação social, com a agravante de, aparentemente, ninguém estar interessado em intervir, obrigando à reposição da legalidade democrática.
É um acto de censura, porque só as mentalidades totalitárias são incapazes de conviver com o escrutínio e a crítica, assumindo que só a Justiça poderá dirimir, julgar e condenar quem ultrapasse as regras.
É um tiro na democracia, porque não há democracia sem liberdade, sendo que, num Estado de Direito, esta só encontra limites na lei e não em interesses particulares de qualquer ordem.
É um tiro na democracia, porque a subversão das normas estabelecidas diminui, sobretudo, a capacidade dos mais fracos de se defenderem, logo, inibe o exercício pleno da liberdade. Quando não se sabe com o que contar, o medo instala-se e daí à paralisia dos actores sociais vai um passo.
É um tiro na democracia, porque não há nada mais gerador de dinâmicas sociais, nem nada mais exaltante para a criatividade do que o exercício pleno da liberdade.
É por tudo isto que o acto de fazer desaparecer Moura Guedes dos ecrãs da TVI não pode ser visto como um mero episódio de gestão administrativa. E não pode, porque, mesmo na hipótese académica de efectivamente o ser, as consequências que acarreta são de tal forma devastadoras para a qualidade da nossa democracia, que só a ingenuidade ou a má-fé permitem a sua desvalorização.
Tudo isto aconteceu num clima eleitoral em que se está a jogar o tudo por tudo. Sem poder absoluto de ninguém à vista - e ainda bem! -, qualquer acontecimento que contribua para lançar a confusão ajuda os oportunistas. Não havendo, por agora, clima para debater este assunto com a serenidade que merece, vamos ver se há, depois, a coragem e a coerência para dele tirar as devidas ilações.
O que é intolerável, é ver-se dirigentes do PS, qual Kalimeros, a gritar "conspiração", "cabala" ou "campanha negra" sempre que algo os atinge ou os põe em causa; o que é ridículo, é ouvir-se dirigentes do PSD falarem de "asfixia democrática", enquanto pactuam com as torpezas de Alberto João Jardim e colaboraram com o silenciamento de vozes incómodas; o que é dramático, é a discussão do que realmente interessa estar cada vez mais inquinada pela espuma dos dias, ou seja, pela partidarite aguda. Como se fosse essa a derradeira salvação de Portugal."